sábado, 13 de abril de 2013

PASTORAL DA JUVENTUDE REALIZA SEMANA DA CIDADANIA




A Pastoral da Juventude, todos os anos, realiza a Semana da Cidadania, de 14 a 21 de abril. Trata-se de um projeto onde se organizam atividades concretas de promoção da cidadania, como manifestações reivindicando políticas públicas para a juventude, nos municípios.

Este ano (2013), desencadeada pelo tema da Campanha da Fraternidade (Fraternidade e Juventude) tem se o Tema “Vida pelas vidas” e lema “pastorais da juventude contra a redução da maioridade penal.”

 O tema nos forçar a refletir sobre as vidas de nossos jovens que estão sendo perdidas tão precocemente e tão drasticamente nos últimos anos em nosso país, nosso estado e em nossa cidade.

Jovens vitimas de assaltos , latrocínios, mortes por causas externas (homicídios, acidentes de trânsito e suicídios) , violência e  principalmente um dos mais importantes e que vem incomodando as famílias brasileiras nos últimos anos as DROGAS, são esses  os sinais de morte que atingem a juventude .
            
 A defesa da vida da juventude sempre foi pauta dos trabalhos e ações desenvolvidas pelas Pastorais da Juventude por isso queremos evidenciar ainda mais a defesa da vida, dizendo não à redução da maioridade penal, por entendermos que esta mudança na lei permitirá que mais vidas sejam comprometidas em sua formação integral.


Diante dessa situação, a Igreja nos convida, a partir do Evangelho de Jesus Cristo e dos seus vários documentos e pronunciamentos, a sermos discípulos, missionários e agentes de transformação dessa realidade, denunciando os males que abalam dignidade da Pessoa e proclamando a Boa Nova para todos os povos.
Frente a tantos sinais de morte que encontramos, o Reino de Deus nos apresenta sinais de vida. É preciso transformar esses sinais em ações concretas que possam atingir toda a juventude e não só aqueles presentes em nosso espaço eclesial. O convite feito por Jesus Cristo para o discipulado e missão é para a ação, enraizada no Evangelho e na pedagogia que Ele utilizava para trabalhar com seu povo. Ser Igreja, Povo de Deus, é também lutar pela dignidade integral dos jovens, garantindo “que todos tenham vida e em abundância” (Jo 10,10).


Por isso convidamos toda nossa juventude, padres, religiosos (as), leigos (as), autoridades e família parnaibana a debater, refletir e estudar temas  como : “SEGURANAÇA PUBLICA” ; “POLITICAS PUBLICAS PARA A JUVENTUDE, ESTATUTO DA JUVENTUDE E PARTICIPAÇAO EM CONSELHOS ” ; “A JUVENTUDE QUER VIVER” e  a partir de então propor metas a serem cumpridos em nossa cidade a fim de melhorar nossas vidas. 

att:
Gabriel Santos 
coordeandro da Pastoral da Juventude - Diocese de Parnaiba
coordenaçao regional da Pastoral da JUventude 
CEll : 9426-2023 /99170155

domingo, 7 de abril de 2013

Parnaíba- pode ser rota do tráfico de crianças e adolescentes


Hoje 07/04 por volta de 15h30 min, o Conselho Tutelar de Parnaíba, foi comunicado de um possível tráfico de crianças existente na Rua Felipe Mota, no Bairro Santa Luzia, o que de imediato o Conselho Tutelar tomou as devidas providências, e, em conjunto com a Polícia Militar do Piauí, fizeram uma diligencia ao local. Sendo que ao chegarem no local, constataram a veracidade dos fatos. Amanhã teremos o relatório do caso neste blog e no Conselho Tutelar de Parnaíba. O fato será comunicado ao Ministério Público, segundo as Conselheiras Tutelares de Parnaíba.

sábado, 6 de abril de 2013

CONANDA - RESOLUÇÃO Nº 152 DE 09 DE AGOSTO DE 2012.



SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - 
CONANDA 

RESOLUÇÃO Nº 152 DE 09 DE AGOSTO DE 2012. 

Dispõe sobre as diretrizes de transição para o primeiro processo de 
escolha unificado dos conselheiros tutelares em todo território nacional a 
partir da vigência da lei 12.696/12. 

A PRESIDENTA DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE – CONANDA, no uso de suas atribuições legais e considerando a 
deliberação do Conselho em sua 209ª Assembleia Ordinária, realizada nos dias 08 e 
09 de agosto de 2012. 

Considerando que o Conselho Tutelar constitui-se órgão essencial do Sistema de 
Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes, tendo sido concebido pela Lei nº 
8.069, de 13 de julho de 1990, para desjudicializar e agilizar o atendimento 
prestado à população infanto-juvenil; 

Considerando que o Conselho Tutelar é fruto de intensa mobilização da sociedade 
brasileira no contexto de luta pelas liberdades democráticas que buscam efetivar a 
consolidação do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente e a 
implementação das políticas públicas municipais; 

Considerando a necessidade do estabelecimento dos parâmetros de transição para 
o primeiro processo de escolha unificado dos conselheiros tutelares em todo 
território nacional que ocorrerá em 4 de outubro de 2015 em conformidade com as 
disposições previstas no Art. 139 da Lei nº 8.069, de 1990 (Estatuto da Criança e 
do Adolescente) com redação dada pela Lei nº 12.696, de 25 de julho de 2012; 

Considerando que a publicação da Lei Federal nº 12.696/12 promoveu diversas 
alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente, na parte relativa ao Conselho 
Tutelar, porém não estabeleceu disposições transitórias, abrindo interpretações de 
como se dará o primeiro processo de escolha unificada dos conselheiros tutelares, 
principalmente quanto à transição dos mandados de 3 para 4 anos; 

Considerando a atribuição do CONANDA de estabelecer diretrizes e normas gerais 
quanto à política de atendimento à criança e ao adolescente no que se refere ao 
processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, conforme previsto na Lei nº 
8.069, de 1990 e no Capitulo II da Resolução nº 139 publicada por este Conselho 
Nacional, 
  
DELIBERA: 

Art. 1º Estabelecer parâmetros gerais de transição para fins de regulamentação do 
processo de escolha unificado dos conselheiros tutelares em todo território 
nacional, conforme as disposições previstas na Lei nº 12.696/12 que alterou a Lei 
nº 8.069 – Estatuto da Criança e do Adolescente. 

Art. 2º Os Municípios e o Distrito Federal realizarão através do Conselho de Direitos 
da Criança e do Adolescente, o processo de escolha dos membros do conselho 
tutelar conforme previsto no art. 139 da Lei nº 8.069, de 1990, com redação dada 
pela Lei nº 12.696 de 2012, observando os seguintes parâmetros: 
I - O primeiro processo de escolha unificado de conselheiros tutelares em todo 
território nacional dar-se-á no dia 04 de outubro de 2015, com posse no dia 10 de 
janeiro de 2016; 
II - Nos municípios ou no Distrito Federal em que os conselheiros tutelares foram 
empossados em 2009, o processo de escolha e posse ocorrerá em 2012 sendo 
realizado seguindo o rito previsto na lei municipal ou distrital e a duração do 
mandato de 3 (três) anos. 
III – Com o objetivo de assegurar participação de todos os municípios e do Distrito 
Federal no primeiro processo unificado em todo território nacional, os conselheiros 
tutelares empossados nos anos de 2011 ou 2012 terão, excepcionalmente, o 
mandato prorrogado até a posse daqueles escolhidos no primeiro processo 
unificado; 
IV - Os conselheiros tutelares empossados no ano de 2013 terão mandato 
extraordinário até a posse daqueles escolhidos no primeiro processo unificado, que 
ocorrerá no ano de 2015, conforme disposições previstas na Lei nº 12.696/12. 
V – O mandato dos conselheiros tutelares empossados no ano de 2013, cuja 
duração ficará prejudicada, não será computado para fins participação no processo 
de escolha subsequente que ocorrerá em 2015. 
VI - Não haverá processo de escolha para os Conselhos Tutelares em 2014. 

Art. 3º Os municípios e o Distrito Federal realizarão os processos de escolha dos 
conselheiros tutelares cuja posse anteceda ao ano de 2013, de acordo com a 
legislação municipal ou distrital, para mandato de 3 (três) anos. 

Art. 4º O mandato de 4(quatro) anos, conforme prevê o art. 132 combinado com as 
disposições previstas no art. 139, ambos da Lei nº 8.069 de 1990 alterados pela Lei 
nº 12.696/12, vigorará para os conselheiros tutelares escolhidos a partir do 
processo de escolha unificado que ocorrerá em 2015. 

Art. 5º As leis municipais e distrital devem adequar-se às previsões da Lei nº 
12.696/12 para dispor sobre o mandato de quatro anos aos membros do Conselho 
Tutelar, processo de escolha unificado, data do processo e da posse, previsão da 
remuneração e orçamento específico, direitos sociais e formação continuada.  

Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se 
disposições em contrário. 

Brasília, 09 de agosto de 2012. 

Miriam Maria José dos Santos 
PRESIDENTE DO CONANDA

LEI 12.696/12 - Garantia de direitos - Conselheiros Tutelares



domingo, 3 de março de 2013
DR Asdrubal Junior REFERENCIA DIREITOS DOS CONSELHEIROS TUTELARES DO BRASIL - Lei 12696/12

LEI 12.696/12 - É uma Lei nova,que veio regulamentar os anseios dos Conselheiros Tutelares do Brasil, ainda motivo de muitas discussões e lutas, porem, com a sua amplitude e feita a Luz da Lei antiga, da um direito aos atuais defensores dos direito da criança e adolescente, a competência de que o Mandato não acabou, após sua publicação. - É uma Lei Federal, que definiu regras gerais, A Lei Municipal apenas complementa e não a destitui. Sim, é um direito adquirido em todo o Brasil que o mandato (4) quatro anos, seja exercido pelos representantes que estão no cargo atual de Conselheiros Tutelares. Cada Conselheiro tem que lutar, com força e determinação. A Lei Municipal não pode interferir neste direito adquirido, se isso acontecer, estará contrariando a Lei Federal. Somente se a Lei Federal, quando advir a está alterando a Lei. Desta forma, depois do dia 26/07/12, não pode haver mais eleições para Conselheiros Tutelares. Somente no domingo após as eleições Presidenciais/ em 2015. No momento não pode haver eleições, Juristas, e demais organizadores do sistema eleitoral de Conselho Tutelar, estão olhando de maneira distorcida o que está na Lei. A competência Legislativa concorrente, o Estado, a União Federal, e é lógico o Município, podendo legislar concorrentemente juntos, na competência cabe a União estabelecer as regras gerais. Ao perguntar se a Lei Federal é omissa, é lógico que não, ela definiu o Cargo, o Tempo, a Atribuição, a afirmação de que tem que ser por Eleição e o processo de escolha e regras, isto vem a confirmar que a Lei não é omissa. Ao falar dos detalhes, não pode haver desarmonizarão da competência da Lei Federal. Sim, aplicado aos atuais Conselheiros, o mandato de (4) quatro anos, é aplicável e são regras gerais, e está definido na Lei, perdendo a eficácia quando contraria a Lei Federal. A interpretação dos que não querem que os atuais Conselheiros, sejam beneficiados pela nova Lei: A Lei que rege é a vigente no tempo do ato, é um principio jurídico correto. Tudo bem, só que o mandato de (3) três anos não é ato. Nenhum eleitor escolhe o tempo de mandato. Não escolheram o tempo, é apenas repetição do texto da Lei: A escolha é de quem vai ocupar o cargo de Conselheiro Tutelar. Não é ato escolhendo tempo, escolher quem e não por quanto tempo. A pessoa escolhida vai trabalhar dentro do tempo, definido pela Lei vigente no tempo do ato. Não afetou a Lei nova escolha, mudou apenas o tempo do mandato, o legislador somente é que pode mudar a Lei Federal. A Lei vigente não diz que tem que escolher quem e não por quanto tempo. Pergunta-se: Aplicar a Lei Nova aos atuais Conselheiros é violar o ato Jurídico? É lógico que não, o processo de escolha atualmente sim, não o tempo de mandato. Prorrogação. Não. O Art. 5º XXXVI = “Diz. A Lei não prejudicará ao direito adquirido, o ato Jurídico perfeito e a coisa julgada”. A regra que protege direitos não pode ser usada para excluir o acesso a novos direitos. Ao diminuir o tempo haverá um desrespeito, excluindo direitos, a Lei é para proteger e não para dar prejuízos, ao diminuir os (4) quatro anos avançou sobre ele. O novo direito do mandato de (4) quatro anos, a Constituição Federal é feita para proteger e a Lei Nova não prejudicou os (3) três anos , apenas colocou mais um. Pergunta-se: “Qual desrespeito no ato Jurídico”??? NENHUM. A NOVA LEI não retira nada. A nova Lei respeita integralmente o ato Jurídico anterior. O PROCESSO DE ESCOLHA É UNIFICADO JURIDICAMENTE. A resolução 152 e seus equívocos. A Lei que criou o CONANDA não deu ao mesmo a competência de definir regras para o ECA (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). A Lei Federal DIZ e AFIRMA quando será o processo de ESCOLHA.

Conhecendo um pouco deste que se tornou o Defensor e amigo dos Conselheiros Tutelares do Brasil:

Dr. ASDRUBAL JUNIOR,

Dinâmica de grupo



Meus sentimentos


Objetivo: apresentação e entrosamento

Material: papel, lápis de cor.

Desenvolvimento: cada um deve retratar num desenho os sentimentos, as perspectivas que têm.
Dar um tempo para este trabalho individual que deve ser feito em silêncio, sem nenhuma comunicação.
Num segundo momento as pessoas se reúnem em subgrupos e se apresentam dizendo o nome, de onde vem, mostrando o seu desenho explicado-o.
O grupo escolhe um dos desenhos para ser o seu símbolo apresentando-o e justificando.
Pode-se também fazer um grupão onde cada um apresenta mostrando e comentando o seu desenho.
Palavra de Deus: Fl. 1,3-11 SL 6.

COMUNHÃO DOS SANTOS



Reproduzimos, abaixo, o documento conhecido como Declaração de Malta, assinado por um grupo de teólogos católicos, ortodoxos, luteranos, calvinistas e anglicanos, em 15 de setembro de 1.983, ao final do Congresso de Malta, realizado entre os dias 8 e 15 de setembro do mesmo ano:
"Em prosseguimento dos cinco Congressos Mariológicos Internacionais precedentes, o Congresso de Malta (8-15 de setembro de 1983) permitiu a um grupo de teólogos anglicanos, luteranos, reformados e ortodoxos reunir-se com um grupo de teólogos católicos para refletir sobre a Comunhão dos Santos e sobre o lugar que Maria ali ocupa. Reconhecidos ao Senhor pelos encontros precedentes, e pelas convergências que surgiram, acreditam poder apresentar ao Congresso as conclusões do seu diálogo.
1. Todos reconhecemos a existência da Comunhão dos Santos como comunhão daqueles que na terra estão unidos a Cristo, como membros vivos do seu Corpo Místico. O fundamento e o ponto central de referência desta comunhão é Cristo, o Filho de Deus feito homem e Cabeça da Igreja (Ef 4,15-16), para nos unir ao Pai e ao Espírito Santo.
2. Esta comunhão, que é comunhão com Cristo e entre todos os que são de Cristo, implica uma solidariedade que se exprime também na oração de uns pelos outros; esta oração depende daquela de Cristo, sempre vivo para interceder por nós (cf. Hb 7,25).
3. O fato mesmo de que, no céu, à direita do Pai, Cristo roga por nós, indica-nos que a morte não rompe a comunhão daqueles que durante a própria vida estiveram pelos laços da fraternidade unidos em Cristo. Existe, pois, uma comunhão entre os que pertencem a Cristo, quer vivam na terra, quer, tendo deixado os seus corpos, estejam com o Senhor (cf. 2Cor 5,8; Mc 12,27).
4. Neste contexto, compreende-se que a intercessão dos Santos por nós existe de maneira semelhante à oração que os fiéis fazem uns pelos outros. A intercessão dos Santos não deve ser entendida como um meio de informar Deus das nossas necessidades. Nenhuma oração pode ter este sentido a respeito de Deus, cujo conhecimento é infinito. Trata-se de uma abertura à vontade de Deus por parte de si mesmo e dos outros, e da prática do amor fraterno.
5. No interior desta doutrina, compreende-se o lugar que pertence a Maria, Mãe de Deus. É precisamente a relação a Cristo que, na Comunhão dos Santos, lhe confere uma função singular de ordem cristológica. Além disso, a oração de Maria por nós deve ser considerada no contexto cutual de toda a Igreja celeste descrito no Apocalipse, ao qual a Igreja terrestre quer unir-se na sua oração comunitária. Maria ora no seio da Igreja como outrora o fez na expectativa do Pentecostes (cf. At 1,14). Por outro lado, quaisquer que sejam as nossas diferenças confessionais, não há razão alguma que impeça unir a nossa oração a Deus no Espírito Santo com a da liturgia celeste e, de modo especial, com a da Mãe de Deus.
6. Esta inserção de Maria no culto ao redor do Cordeiro imolado (aspecto cristológico), associada a toda a liturgia celeste (aspecto eclesiológico), não pode dar lugar a alguma interpretação que venha atribuir a Maria uma honra que é devida só a Deus. Além disso, nenhum membro da Igreja saberia acrescentar qualquer coisa à obra de Cristo, que é a única fonte de salvação; não é possível passar senão por Ele, nem recorrer a uma via 'mais cômoda' que a do Filho de Deus, para se chegar ao Pai. Ao mesmo tempo, é claro que Maria tem o seu lugar na Comunhão dos Santos.
Ao término destas reflexões, nós desejamos dar um testemunho público da fraterna experiência vivida nestes dias. Ela não se limita à atmosfera em que o diálogo se realizou, mas estende-se a todas as atividades do Congresso e à mentalidade religiosa do povo maltês que, no fervor da sua oração com Maria, nos acompanhava. Conscientes de que há muitos problemas teológicos aos quais o diálogo deverá ainda levar, nós declaramos a nossa vontade de continuar as nossas reflexões no Nome do Senhor.
Não é supérfluo recordar, como se fez ao término do Congresso de Saragoça em 1979, que os signatários, como membros da Comissão Ecumênica do Congresso, não querem senão empenhar-se, bem que tenham trabalhado com a preocupação constante de exprimir a fé das suas respectivas Igrejas.
Malta, 15 de setembro de 1.983.


Wolfgag Borowske, luterano
Henry Chavannes, reformado
John de Satge, anglicano
Johannes Kalogirou, ortodoxo
John Milburn, anglicano
Howard Root, anglicano
John Evans, anglicano
Franz Courth, SAC
Theodore Koehler, SM
Charles Molette, Sac
Enrique Llamas, OCD
Stefano de Fiores, SMM
Pierre Masson, OP - secretário
"

A Declaração do Congresso de Malta
por: Comissão Conjunta de Teólogos Católicos, Ortodoxos, Luteranos, Calvinistas e Anglicanos
fonte: "Diálogo Ecumênico" - d.Estevão Bettencourt - ed. Lumen Christi

A CRUZ E O CRUCIFIXO





A primeira questão a ser introduzida na história do mundo e a qual nos trouxe tanta dor e inimizade foi: "POR QUE?".

Satanás foi o primeiro a levantar essa questão... "Mas por que Deus proibiu-lhes de comer do fruto de todas as árvores do Jardim?" (cf. Gn 3,1). Desde aquele dia até hoje nossas pobres mentes já formularam muitos "por quês", mas nenhum tanto quanto esse: "Por que existe a dor no mundo? Por que as pessoas tem que sofrer tanto? Por que a alegria é tão pouca e o sofrimento tanto?"

Esse problema da dor tem um símbolo e o símbolo é a cruz. Mas por que seria a cruz o símbolo perfeito do sofrimento? Porque ela é feita de duas barras: uma horizontal e outra vertical. A barra horizontal é a barra da morte... é como a linha da morte nos eletro-encefalogramas: reta, prostrada. A barra vertical é a barra da vida: erecta, de pé, inclinada para o alto. O cruzamento de uma barra sobre a outra significa a contradição entre a vida e a morte, entre a alegria e o sofrimento, sorriso e lágrimas, prazer e dor, nossa vontade e a vontade de Deus.

O único modo de se fazer uma cruz é sobrepor a barra da alegria sobre a barra do sofrimento. Em outras palavras: nossa vontade é a barra horizontal, enquanto a vontade de Deus é a barra vertical, na medida em que nós sobrepomos nossos desejos e nossas vontades contra a vontade de Deus, formamos assim uma cruz. Desse modo, a cruz se torna o símbolo da dor e do sofrimento.

Todavia, se a cruz é o símbolo perfeito do problema da dor, o Crucifixo então é a sua solução. A diferença entre a cruz e o Crucifixo é Cristo. Uma vez que Nosso Senhor, que é por si só o Amor, sobe na cruz, Ele nos revela como o amor pode ser transformado pelo amor num alegre sacrifício, como aqueles que semeiam em lágrimas podem colher com alegria, como aqueles que choram podem ser confortados, como aqueles que sofrem com Ele podem também reinar com Ele e como aqueles que carregam suas cruzes por uma breve Sexta Feira da Paixão possuirão a felicidade por um eterno Domingo de Ressurreição. O Amor é o ponto de intersecção onde a barra horizontal da morte e a barra vertical da vida reconciliam-se na doutrina de que toda a vida vem através da morte.

É aqui que a solução de Nosso Senhor se diferencia de todas as outras soluções para o problema da dor... até mesmo daquelas pseudo-soluções que se mascaram sob o nome de "cristãs". O mundo tenta resolver o problema da dor de duas maneiras: ou negando-o ou tentanto torná-lo insolúvel. O problema da dor é negado por um peculiar processo de auto-hipnotismo que costuma inculcar nas pessoas a idéia de que a dor é imaginária. Tenta-se torná-lo insolúvel através de uma tentativa de fuga e por essa razão o homem moderno sente que é melhor pecar do que sofrer. Nosso Senhor, ao contrário, não nega a dor e nem tenta escapar dela. Ele a encara e ao agir assim Ele nos prova que o sofrimento não é alheio nem mesmo ao Deus que se fez homem.

Vemos assim que a dor desempenha um papel definitivo na vida. É sem dúvida um fato marcante que nossas sensibilidades são mais desenvolvidas para a dor do que para o prazer e nossa capacidade de sofrer excede nossa capacidade de alegrarmo-nos. O prazer cresce até chegar a um ponto de saciedade e nós sentimos que se passasse daquele ponto se tornaria uma verdadeira tortura. A dor, ao contrário, continua crescendo e crescendo mesmo quando já choramos "o bastante". Ela atinge um ponto em que nós sentimos que não poderíamos mais suportar e ela vai se descarregando até matar.

Eu penso que o motivo pelo qual nós possuímos mais capacidade para a dor do que para o prazer é porque talvez Deus pretendia que aqueles que levam uma vida moral correta deveriam beber até a última gota do cálice da amargura aqui nesse mundo porque no Céu não existe mais amargor. Por outro lado aqueles que são moralmente bons nunca gozam o máximo do prazer aqui embaixo porque sabem que uma felicidade muito maior os aguarda no Céu. Mas deixando de lado as conjecturas, seja lá qual for a razão, a verdade que permanece é que na cruz Nosso Senhor demonstra um tipo de Amor que não pode tomar outra forma quando é contraposto ao mal, senão a forma de dor.

Para vencer o mal com o bem, uma pessoa deve sofrer injustamente. A lição do Crucifixo então é que a dor nunca pode ser separada ou isolada do amor. O Crucifixo não significa dor; significa sacrifício. Em outras palavras, ele nos diz em primeiro lugar que dor é sacrifício sem amor e em segundo, que sacrifício é dor com amor.

Primeiro, dor é sacrifício sem amor. A Crucifixão não é a glorificação da dor pela dor. A atitude cristã da mortificação algumas vezes é mal interpretada como sendo uma idealização da dor... como se nos tornássemos mais agradáveis a Deus quando sofremos do que quando nos alegramos.

Não! A dor em si mesma não possui nenhuma influência santificante! O efeito natural da dor é nos individualizar, centralizar nossos pensamentos em nós mesmos e fazer de nossa enfermidade o pretexto pra tudo quanto é conforto e atenção. Todas as aflições do corpo, tais como penitências e mortificações em si mesmo não tendem tornar o homem melhor. Aliás, frequentemente tornam o homem pior. Quando a dor é divorciada do amor ela leva o homem a desejar que os outros estejam como ele está, ela o torna cruel, cheio de ódio, amargura. Quando a dor não é santificada, ela deixa cicatrizes, queima todas as mais finas sensibilidades da alma deixando-a brutalmente desfigurada. Dor como simples dor então não é um ideal: torna-se uma maldição quando é separada do amor, pois ao invés de tornar uma alma melhor a torna pior.

Agora contemplemos o outro lado da figura. A dor não é pra ser negada e nem pra fugirmos dela. É pra ser encarada com amor e vivida como sacrifício. Analise sua própria experiência e verá que muitas vezes seu coração e mente lhe dizem que o amor é capaz de superar de algum modo seus sentimentos naturais acerca da dor, que algumas coisas que poderiam parecer dolorosas tornam-se alegria quando você percebe que podem beneficiar o próximo.

Em outras palavras, o amor pode transformar a dor em sacrifício agradável, o que é sempre uma alegria. Se você perde por exemplo, uma certa quantidade de dinheiro, tal perda não poderia ser aliviada pela compreensão de que talvez aquele dinheiro foi encontrado por uma pobre alma que tinha mais necessidade do que você? Se sua cabeça está latejando de dor e seu corpo extenuado por uma noite de vigília ao lado da cama de seu filho doente, não seria essa dor aliviada pelo pensamento de que foi através desse amor e devoção que aquela criança conseguiu superar a enfermidade? Você jamais poderia ter sentido aquela alegria e nem ter tido a mínima idéia do tamanho do seu amor se você tivesse se negado a fazer aquele sacrifício. E se o seu amor não estivesse presente, então aquele sacrifício teria sido apenas dor, incômodo e aborrecimento.

A verdade gradualmente emerge quando percebemos que a nossa profunda felicidade consiste no sentimento de que o bem ou benefício do próximo foi conquistado através do nosso sacrifício. O motivo por que a dor é amarga é porque não temos ninguém para amar e por quem nós deveríamos sofrer. O amor é a única força do mundo que pode tornar a dor suportável e a faz mais do que suportável ao transformá-la na alegria do sacrifício.

Agora, se a escória da dor pode ser transformada no ouro do sacrifício pela alquimia do amor, então daí se segue que nosso amor se torna mais profundo, a sensação de dor diminui e cresce nossa alegria no sacrifício. Mas não podemos esquecer que não existe amor maior do que o amor Daquele que entregou Sua própria vida por Seus amigos. Portanto, quanto mais intensamente nós amarmos os Seus santos propósitos, quanto mais zelosos formos por Seu Reino, quanto mais devotados formos pela maior Glória de Nosso Senhor e Salvador, mais nos alegraremos em qualquer sacrifício que possa trazer uma só alma para seu Sacratíssimo Coração. Tal é o motivo pelo qual São Paulo se gloriava em suas enfermidades e alegrias e que os Apóstolos se alegravam quando podiam sofrer por Jesus por quem eles tanto amavam.

Não é de se admirar que os maiores santos sempre disseram que a melhor e maior das graças que Deus havia concedido-lhes era o mesmo privilégio concedido ao seu Divino Filho: ser usado e sacrifícado por uma causa mais elevada. Nada poderia dar-lhes maior satisfação do que renovar a vida de Cristo em suas próprias vidas, cobrir seus corpos com os mesmos sofrimentos sofridos por Cristo em Sua dolorosa Paixão. O mundo tenta eliminar a dor. O Crucifixo a transforma através do amor recordando-nos que a dor vem do pecado enquanto o sacrifício vem do amor e que não há nada mais nobre do que o sacrifício.

O Mundo não pode dispensar o Cristo em Sua Cruz. Eis o motivo porque o mundo é triste: por que se esqueceram de Cristo e da Sua Paixão. E quanto desperdício de dor há neste mundo! Quantas cabeças que padecem dos mais diversos tipos de dor sem jamais terem se unido à Cabeça coroada de espinhos pela Redenção do mundo; quantos pés latejam de dor sem jamais terem se aliviado pelo amor Daquele cujos pés subiram descalços a colina do Calvário; quantos corpos feridos existem que não conhecem o amor de Cristo por eles. Esses não conhecem o amor que pode aliviar suas dores. Quantos corações que sofrem e padecem porque não possuem aquele amor do Sacratíssimo Coração; quantas almas que só conseguem enxergar a cruz ao invés do Crucifixo! Almas que possuem dor sem sacrifício, almas que nunca aprendem que é pela falta de amor que a dor cresce, almas que perdem a alegria do sacrifício porque não sabem o que é amar. Oh! Quão doce é o sacrifício daqueles que sofrem porque amam o Amor que sacrificou-se por eles numa cruz. Apenas para essas almas é possível compreender os santos propósitos de Deus, apenas aqueles que caminham pela noite escura são capazes de contemplar as estrelas.

Autor: Fulton J. Sheen (1934)
Fonte: Lista "Tradição Católica"
Transmissão: Gercione Lima

Reflexão: Não ao aborto, Sim à vida.



NÃO AO ABORTO, SIM À VIDA
Autor: d. fr. Daniel Tomasella
Fonte: lista "Reflexões"

O que o senhor pensa a respeito do aborto? Esta é a pergunta que me foi feita, como a tantas outras pessoas. É a moda atual de pesquisas e estatísticas, como se estas pudessem anular a moral e a lei de Deus, que diz peremptoriamente: "Não matar" (Ex 20,13; Dt 5,17).
Combate-se, com razão, a pena de morte para os assassinos e outros criminosos; aceita-se a pena de morte para inocentes indefesos. É uma enorme incoerência.
A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano é uma pessoa, com direitos que devem ser reconhecidos, sem exceção alguma. Todo ser inocente tem o direito inviolável à vida.
Já no Antigo Testamento se reconhecia que o feto era uma pessoa, com direito sagrado à vida. O mesmo acontece na Igreja primitiva. A Didaqué, o documento mais importante da era pós-apostólica, do século I, diz: "Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido". Fazem eco a essa afirmação os demais documentos dos séculos II e III, com palavras explícitas e fortes.
Este ensinamento não mudou; continua invariável. O aborto direto, por qualquer motivo que seja, é gravemente contrário à lei moral. O Concílio Vaticano II, que evitou condenações, por ser um Concílio pastoral, diz expressamente: "O aborto e o infanticídio são crimes nefandos"(GS 51).

Mas, não se trata de um preceito da Igreja, como tantos pensam: é lei natural, consolidada no 5º mandamento: "Não matar".
A tendência atual é, em muitos setores, mesmo no Congresso Nacional, alargar os casos em que o aborto seja legalmente permitido. É triste ver deputados e senadores, ministros, juízes e até o Presidente da República embarcarem nesta sanha assassina. É uma aberração.
Alegam-se os casos de deficiências no feto, como a anencefalia e outras. Persiste sempre a lei maior: "Não matar". Deixemos que a criança nasça e o resto fica nas mãos de Deus.
Fazem-se esforços sumamente elogiáveis para cuidar dos deficientes. A Apae é um magnífico exemplo desses esforços. Por que, então, matar os deficientes antes de nascerem?
Haveria ainda os casos de concepção por causa de estupro. Também nesses casos a vida é precioso dom de Deus e deve ser preservada a todo o custo. Se a mãe não quer o filho, sempre haverá os que desejam cuidar dele com amor e bondade.
Dizer que a mulher é dona do seu corpo é absurdo inigualável: o feto vivo no seu ventre é um ser humano, uma pessoa distinta, que tem o inviolável direito de viver.
Não ao aborto! Sim à vida!

Piauí já registrou 36 casos de abuso sexual de menores em 2013 (crianças e adolescentes)



Diariamente recebemos denúncias de abuso ou estupro, diz promotora.
Pais e padrastos são os principais autores identificados dos crimes.


O número de atendimentos de crianças e adolescentes vítimas de violência ou exploração sexual aumentaram no Piauí em 2013. Segundo dados divulgados pelo de Núcleo da Infância de Juventude do Piauí, somente no início deste ano já foram 36 casos registrados.
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Promotora Vera Lúcia vai pedir a prisão preventiva do acusado (Foto: Reprodução/TV Clube)Promotora Vera Lúcia Santos  (Foto: TV Clube)
De acordo com a promotora Vera Lúcia Santos, o número causou surpresa e preocupação para as autoridades do estado. “Não sei como justificar a causa. Provavelmente seja porque as vítimas decidiram denunciar ou uma questão de desequilíbrio dentro da própria família”, disse.

De acordo com Vera Lúcia, a evolução e o acesso às informações por parte dos jovens está chegando muito cedo. “Infelizmente o que tem registrado em Teresina é um aumento desses casos, pois apenas em três meses já foram registrados 36 ocorrências”, afirmou.

No ano passado, porém, os atendimentos pelo município chegaram a 242 menores. As quase duas centenas e meia de vítimas significam um aumento de 227% na comparação entre 2012 e 2011. A maior parte dos casos de 2012 foi registrada no primeiro semestre. Somente em janeiro, por exemplo, foram 68 atendimentos. No mesmo mês do ano anterior, foram nove novas vítimas atendidas.

Em 2011, foram atendidos 74 novos casos de abuso de menores na cidade. O número representava queda de 62% ante 2010 (193 casos) e de 78% em comparação com 2009, quando este último ano computou 333 crianças e adolescentes que sofreram violência ou exploração por familiares ou por pessoas de fora do círculo familiar da vítima.

Fonte: G1

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Cidadania, o poder nas mãos da comunidade.




Betinho dizia que "CIDADANIA é a luta contra a exclusão 

social, contra a miséria, e mobilização concreta pela

 mudança do cotidiano e das estruturas que beneficiam 

uns e ignoram milhões de outros. É querer mudar a 

realidade à partir da ação com os outros, da elaboração

 de propostas, da crítica, da solidariedade e da 

indignação com o que ocorre entre nós".


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Seja um (a) voluntário (a).




A Pastoral da Criança está presente nas comunidades para agir na promoção da saúde e do desenvolvimento integral de gestantes, crianças e suas famílias. Essa ação acontece porque há pessoas que se comprometem a fazer um trabalho *voluntário*, no qual compartilham seus conhecimentos, experiências e uma parte do seu tempo. São pessoas que vivem e demonstram com seu exemplo o amor ao próximo. É um verdadeiro trabalho de Caridade Cristã.
Os *voluntários* da Pastoral da Criança desenvolvem ações de saúde, nutrição, educação, cidadania e espiritualidade de forma ecumênica nas comunidades pobres. As atividades visam promover o desenvolvimento integral das crianças, desde a concepção aos seis anos de idade, e a melhoria da qualidade de vida das famílias.
Ser voluntário na Pastoral da Criança significa:
   * fazer parte da Missão da Pastoral da Criança;
   * servir com amor e dedicação a criança e as famílias carentes;
   * ter compromisso Cristão a serviço da vida e da esperança e da paz;
   * lutar para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância;
   * conhecer e participar das ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania;
   * vivenciar a mística da Pastoral, que une Fé e Vida;
   * participar da organização da comunidade;
   * atuar na prevenção das causas da mortalidade infantil e da violência;
   * estar comprometido com mudanças sociais.
Quero ser voluntário - líder, brinquedista, articulador, capacitador - o que devo fazer?
Entre em contato com a coordenação da Pastoral da Criança mais próxima. Para localizar os endereços e telefones clique aqui.

Em caso de dúvidas, fale conosco.
Fonte: www.pastoraldacrianca.org.br

É tempo de agradecer a todos e todas que fizeram e fazem a Pastoral da Criança






Como você sabe, neste ano, a Pastoral da Criança está comemorando seus trinta anos de existência. Certamente, temos muito a agradecer a Deus e a cada um de vocês que fazem essa bela Pastoral. Mulheres e homens que encontraram o verdadeiro sentido para suas vidas. São anos de muitas construções. Construções feitas em rocha firme, como a que nos aponta Jesus. Construindo, sobretudo o Reino de Deus, ajudando as nossas famílias acompanhadas a viver de maneira mais digna, segundo o coração de nosso Pai que está no céu.
Este ano todo será momento para dar graças a Deus por tudo, reconhecendo Deus como fonte dos bens recebidos. Agradecer é próprio das pessoas que são agraciadas por Deus, agradecer é algo Divino. Nós não podemos deixar passar este ano sem um agradecimento muito grande ao Deus da Vida que nos conduziu por tantos caminhos.
Quero agradecer, também, a quem esteve desde o início da fundação da Pastoral da Criança, agradecer quem já está junto de Deus, e que de lá continuam olhando e sendo o nosso exemplo para continuar caminhando. A você que hoje, nesse momento desafiador, continua com sua chama acesa para iluminar a vida de tantas realidades dolorosas de nossas famílias; a você que sem medir esforços, sai ao encontro do outro, levando alegria, esperança e certeza de que os sinais do Reino ainda acontecem no meio de nós, toda nossa gratidão. É tempo de agradecer e continuar acreditando que precisamos nos colocar a caminho, pois foi no caminho que os dez leprosos foram curados.
Vamos olhar o evangelho e ver que Jesus tratou desse assunto no processo formativo de seus discípulos. O evangelista Lucas, no capítulo dezessete, narra o episódio onde nos diz que Jesus caminhando para Jerusalém cura dez leprosos. Todos foram agraciados com a cura, ouvidos na sua súplica: “Mestre, tem compaixão de nós”. Um dos leprosos, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz, prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Jesus o interpela, perguntando: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?”
Esse que voltou para agradecer, acredito ser cada um de vocês que tem feito um encontro com o Senhor, pois não existe discípulo sem que o Senhor lhe  tenha dirigido a palavra e ele tenha encontrado resposta. Segundo o Documento 97 da CNBB “É a Palavra de Jesus que convoca, qualifica, motiva e define o caminho do discípulo”. Quem sabe podemos nos perguntar: nestes trinta anos de existência da Pastoral da Criança ou neste espaço de tempo em que tenho esta missão, qual é a Palavra que me sustenta e me fortalece na missão?
“Ao sublinhar que aquele de coração agradecido era estrangeiro, samaritano, Jesus ensina que a maturidade humana não é determinada pela classe social. É uma questão de maturidade, conquistada e cultivada pela experiência também importante e determinante de agradecer por tudo o que se recebe. A gratidão transforma o coração e ilumina os olhos. Permite entender a vida de modo diferente. O outro de quem se recebe um bem, qualquer que seja, grande ou até materialmente insignificante, ocupa um lugar de reverência.
A gratidão faz crescer no coração de quem é grato o gosto pela bondade. É, portanto, um remédio que tem o poder de extirpar sentimentos que obscurecem a mente e o coração, fecundando a capacidade moral de ser bom.
É tempo de agradecer também o seu empenho como líder da Pastoral da Criança, que faz acontecer todo nosso trabalho de evangelização das famílias e das comunidades. Agradecer as pessoas que o apoiam em sua caminhada missionária; agradecer aos Senhores Bispos de nossas Dioceses por todo o apoio recebido. Agradecer aos sacerdotes que estiveram conosco em todos estes anos de nossa missão; agradecer tantas congregações que se colocam a serviço da missão, inclusive fora do Brasil. Agradecer os recursos advindos da esfera federal, através, sobretudo, do Ministério da Saúde e da esfera particular, através de tantas Empresas e Organizações que colaboraram para que nosso trabalho pastoral possa ser realizado. E quem sabe você, líder, possa continuar estes agradecimentos...
Tudo isto gera no nosso coração o mais vivo sentimento de gratidão. É hora de intensificarmos a comunhão e apoio de todos. Há muita coisa ainda a sonhar e a realizar. Por isto e por tudo recebido nestes trinta anos, fazemos uma súplica: Senhor, dai-nos a graça de saber dar graças!
Um abraço carinhoso com meu agradecimento a cada um de vocês  que faz a Pastoral da Criança, acontecer onde está.

Irmã Vera Lúcia Altoé • Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança
Congregacão Imaculada Conceição de Castres - CIC • Irmãs Azuis


Fonte: Jorbal da Pastoral da Criança : 197