sexta-feira, 11 de março de 2011

Morreu Antônio Carlos Gomes da Costa, um dos redatores do ECA

Morreu, na sexta-feira, 04/03, em Belo Horizonte (MG), um dos mais dedicados defensores dos direitos da criança e do adolescente, o pedagogo Antônio Carlos Gomes da Costa. Com 61 anos, Costa morreu ao sofrer uma queda dentro de casa e bater com a cabeça.
Mineiro de Belo Horizonte, o pedagogo fez parte do grupo que redigiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Foi membro do Comitê Internacional dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), na Suíça, e colaborou na criação da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

O secretário da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, lamentou a morte do professor, um colaborador da CNBB. “O professor Antônio Carlos foi profundamente acolhedor diante da idéia de ceder o Programa Cuidar, de sua autoria, à CNBB. Trata-se de um Programa de capacitação de pais e educadores na educação para valores. Certamente, os frutos de seu profundo amor aos jovens, sua insistência em torno do protagonismo juvenil, sempre marcados por uma elevada competência pedagógica e científica, ainda vão perdurar por muito tempo no cenário nacional”, disse dom Dimas.
Costa foi, também, oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e consultor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), além de vários órgãos federais, estaduais e municipais em todo o país.

Em nota, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, destacou a atuação do professor na defesa dos direitos da criança e do adolescente.

“O professor Antônio Carlos Gomes da Costa deixa dois legados que mudaram as perspectivas de vida das novas gerações de brasileiros: a construção do Estatuto da Criança e do Adolescente e a aposta de que a educação é capaz de mudar a trajetória dos adolescentes que praticaram algum ato infracional”, disse a ministra. “A morte de Antônio Carlos é uma perda inestimável para o movimento dos Direitos da Infância”, acrescentou.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CNBB

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