quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

46ª Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

O papa divulgou no dia 24/01, a Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2012. Com o título “Silêncio e palavra: caminho de evangelização”, Bento XVI explica que as relações entre o silêncio e palavra são “dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.
Leia a íntegra da 46ª Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais:
Silêncio e palavra: caminho de evangelização


Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
Grande parte da dinâmica atual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Onipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort.  ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.

Vaticano, 24 de Janeiro – Dia de São Francisco de Sales – de 2012.

BENEDICTUS PP XVI
Amados irmãos e irmãs,

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Comradio do Brasil inicia 2° turma do Curso Rádio e TV em Parnaíba


“A Comunicação e Cidadania no Tempo Presente” é o tema da aula inaugural do Curso de Habilitação Profissional em Rádio e TV, promovido pela Escola de Comunicação Comradio do Brasil. O encontro será realiza nesta sexta-feira (27), às 18h15, no auditório do Hotel Delta em Parnaíba. Os alunos da 1° turma formados pela Escola irão recepcionar os novos alunos do curso.
O curso tem carga horária de 800 horas aulas, sendo 500 horas de aulas teóricas, 300 horas de aulas práticas, distribuídas em 12 (doze) meses. Os alunos formandos neste curso terão direito ao Registro Profissional de Radialista válido em todo o território nacional, podendo trabalhar em Assessoria de Comunicação, Televisão, Rádio e Redes Sociais.
A Escola de Comunicação Comradio do Brasil tem como busca inspirar boas práticas para um mundo melhor. “O Curso me proporcionou além do registro profissional, conhecimento, segurança, respeito e cidadania. Hoje, só funcionária contratada como correspondente da TV Cidade Verde, isso só foi possível por eu ter concluído o Curso de Rádio e TV”, disse a estudante   
A aula inaugural será ministrada pelo professor Mestrando em Políticas Públicas, pela Universidade Federal, Jessé Barbosa.

Agende-se:
Curso de Rádio e TV
Aula Inaugura
Data: 27 de janeiro 2012
Horário: às 18h15
Local: Hotel Delta - Parnaíba

27 ANOS DE MATRIMONIO


HOJE 25/01 - 27 ANOS DE UMA VIDA MATRIMONIAL CHEIA DE PAZ, AMOR E COMPREENSÃO. ACIMA DE TUDO PERDÃO. EU E CLEIDE NASCEMOS PARA VIVERMOS ESTA VIDA EM FAMÍLIA. AGRADECEMOS A DEUS, NOSSOS PAIS, IRMÃOS E FILHOS, POR TUDO QUE FIZERAM E FAZEM PARA QUE HOJE PUDESSEMOS COMEMORAR ESTA DATA, DE TÃO GRANDE SIGNIFICANCIA PARA NÓS. OBRIGADO AMOR!!! " O DEUS AMOR NOS FEZ POR AMOR PARA VIVERMOS O AMOR"

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

REUNIÃO DO PTC - HOJE



O PARTIDO TRABALHISTA CRISTÃO - PTC, REALIZARÁ HOJE AS 19H REUNIÃO ORDINÁRIA COM SEUS FILIADOS, NA SUA SEDE À RUA ITAÚNA EM FRENTE A PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAIBA, ONDE NA OCASIÃO APRESENTARÁ A  SUA COMISSÃO PROVISÓRIA. PARTICIPE E DIGA SIM A DEMOCRACIA!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

3º Encontro Nacional da PASCOM reunirá comunicadores de todo Brasil


Dos dias 19 até 22 de julho, a cidade de Aparecida (SP) sediará o 3º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação (Pascom). O objetivo do evento é reunir todas as pessoas que fazem a comunicação católica no Brasil, para trocar, partilhar, celebrar, e fazer da ocasião, um espaço de reflexão e aprimoramento do ser.  Para o encontro são esperados mais de 600 comunicadores de todo Brasil.
A programação do evento foi planejada por representantes de alguns Regionais da CNBB, que ficaram reunidos em Brasília durante dois dias, sob coordenação da assessora da Comissão Episcopal Pastoral para Comunicação Social da CNBB, irmã Élide Fogolari. O evento terá início no dia 19 de julho, às 19h, com a abertura feita pela coordenadora da Pascom do Regional Sul 4 (Santa Catarina) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Maria Terezinha de Campos. Na ocasião será lançado o Hino e a Logomarca da Pascom.
Com um cronograma de atividades intenso e extenso, temas atuais e de grande relevância serão tratados nos painéis e seminários propostos. Assuntos como web jornalismo, Redes Sociais, Mídias convergentes e crimes na internet trarão o universo online para a programação, assim como outros temas voltados para a comunicação na catequese, na liturgia e para a os jovens. As exposições serão proferidas por representantes da Igreja, professores e doutores convidados.
Além das palestras, no dia 20 de julho às 20h, haverá um acontecimento, no qual a TV Aparecida irá transmitir o programa “Terra da Padroeira”. E no dia 21, haverá uma grande Festa Junina. O encontro se encerra no dia 22 de julho, domingo, com apresentação de cinco grupos, subdivididos pelos Regionais da CNBB. Os grupos irão expor como a Pascom está atuando nos Regionais, e propor alternativas para fortalecer suas ações. Às 11h30 será o encerramento, com o envio dos discípulos missionários da comunicação.
Os interessados em participar do encontro, devem acessar www.cnbb.org.br e preencher o cadastro do 3º Encontro Nacional da Pascom.  Outras informações também poderão ser encontradas no site da CNBB, ou no www.encontropascombrasil.blogspot.com.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Missa no Pará lembra os dois anos do falecimento de Zilda Arns

A cidade de Belém (PA) vai recordar no próximo dia 12 de janeiro os dois anos do falecimento da fundadora das Pastorais da Criança e da Pessoa Idosa, doutora Zilda Arns. O evento será marcado por uma missa celebrada na Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré.
Zilda Arns faleceu dentro de uma igreja em Porto Príncipe, vítima do terremoto que atingiu a região em janeiro de 2010 que matou milhares de pessoas. O desastre gerou uma comoção mundial, devido ao tamanho da força destruidora da natureza. Somente a Cáritas Brasileira, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de ajuda humanitária, em sua campanha SOS Haiti, arrecadou e enviou em ao país caribenho, mais de oito milhões de reais.
A médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano. Doutora Zilda morreu após fazer um pronunciamento sobre como salvar vidas com medidas simples, educativas e preventivas. Lá no Haiti discutia com as autoridades locais a implantação da Pastoral da Criança, para combater o grande índice de desnutrição e mortalidade infantil.
Em seu trabalho, Zilda Arns sempre aliou o conhecimento científico ao conhecimento e à cultura popular; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social; mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da vida plena para todos. Em suas manifestações costumava dizer: "Há muito por fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores".
Zilda Arns marcou história no Brasil e no mundo por salvar a vida de milhares de crianças famintas. Por seu trabalho na área social, recebeu condecorações tais como: Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA), pelo inovador programa de saúde pública que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006; Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997); Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994); títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinense de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina. Dra. Zilda é Cidadã Honorária de 10 estados e 35 municípios; e foi homenageada por diversas outras Instituições, Universidades, Governos e Empresas. Ela foi indicada três vezes ao Nobel da Paz.

SERÁ QUE A COORDENAÇÃO DIOCESANA DA PASTORAL DA CRIANÇA DE PARNAÍBA, IRÁ FAZER ALGUM MOMENTO PARA LEMBRAR ESTA DATA?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Aprovada concessão de benefícios trabalhistas para conselheiros tutelares


COMISSÕES / CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
21/12/2011 – 17h44
Aprovada concessão de benefícios trabalhistas para conselheiros tutelares
Como os demais trabalhadores, os membros dos conselhos tutelares passarão a ter direito a salário, férias, 13º salário, licenças paternidade e à gestante, além de cobertura previdenciária. A concessão desses benefícios foi estabelecida em projeto de lei (PLS 278/09) da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), aprovado, nesta quarta-feira (21), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O funcionamento dos conselhos tutelares é regulado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Após ajustes no texto feitos pelo relator, senador Gim Argello (PTB-DF), o PLS 278/09 vinculou esse organismo à administração pública local e ampliou o mandato dos conselheiros de três para quatro anos, com direito a reeleição.
Gim Argello também tratou de introduzir duas inovações na proposta. Em primeiro lugar, admitiu a instalação de mais de um conselho tutelar no Distrito Federal e em municípios divididos em microrregiões ou regiões administrativas. Depois, eliminou a garantia de prisão especial em caso de crime comum para o conselheiro tutelar, avaliada pelo relator como medida “discriminatória e inconstitucional”.
Ainda de acordo com o projeto, a escolha dos membros do conselho tutelar ocorrerá – em todo o território nacional – sempre no primeiro domingo após o dia 18 de novembro do ano seguinte ao das eleições majoritárias. A posse dos eleitos deverá se dar no dia 10 de janeiro do ano posterior ao processo de escolha.
Inconstitucionalidade
Por enxergar inconstitucionalidade em alguns dispositivos, como a imposição de as prefeituras assumirem o salário e os encargos trabalhistas dos conselheiros tutelares, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) chegou a propor um substitutivo alternativo em voto em separado. Mas acabou desistindo desse texto – inspirado em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto – para votar com o parecer de Gim Argello.
A CCJ é a comissão encarregada de examinar previamente a constitucionalidade e a juridicidade de um projeto, cujo mérito (conteúdo) é examinado pelas comissões relacionadas ao tema ou temas tratados na matéria.
- Como há omissão dos municípios em regular essa questão (a organização do conselho tutelar), decidi votar a favor e deixar que se decida (eventual inconstitucionalidade) lá na frente – declarou, em referência à próxima instância de exame da matéria: a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Lúcia Vânia agradeceu a boa vontade de Demóstenes Torres em não travar o andamento do PLS 278/09 com questionamentos de inconstitucionalidade. A autora da proposta considerou a regulamentação da atuação do conselho tutelar fundamental para a proteção de crianças e adolescentes.
Primeiros socorros
- O conselho tutelar é a caixa de primeiro socorros em casos de violência contra crianças e adolescentes – afirmou o senador Magno Malta (PR-ES), que presidiu a CPI da Pedofilia.
Após defender a presença de representante do Ministério Público nesse organismo, Malta pediu a alteração do ECA para se criar a Lei de Responsabilidade Humana.
- O descaso com que os prefeitos tratam o conselho tutelar é um absurdo. É preciso responsabilizar o gestor por não dar o atendimento adequado e impedir que pessoas tentem se eleger para o conselho por interesse pessoal ou político – cobrou o representante do Espírito Santo.
A precariedade no funcionamento dos conselhos tutelares – muitos sem carro ou telefone disponíveis – também foi alvo de queixa da senadora Marta Suplicy (PT-SP). Na perspectiva de melhorar essa estrutura, Gim Argello comentou a aprovação de emenda ao Orçamento da União para 2012, no valor de R$ 45 milhões, para viabilizar a compra de carros para os conselhos instalados no interior do país.
Os senadores Ana Rita (PT-ES), Humberto Costa (PT-PE), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Aécio Neves (PSDB-MG), Pedro Taques (PDT-MT), Alvaro Dias (PSDB-PR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) também se manifestaram favoráveis à estruturação e ao fortalecimento dos conselhos tutelares.
Com a aprovação do PLS 278/09, ficou prejudicado o PLS 119/08, que tramitava em conjunto e, apesar de ser mais antigo, foi rejeitado por conter dispositivos considerados inconstitucionais.
Simone Franco / Agência Senado

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Agenda Católica Mundial para 2012


A comemoração do 50.º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II com um 'Ano da Fé' e a realização de um Sínodo dos Bispos sobre a 'Nova Evangelização' são pontos centrais da agenda católica mundial para 2012.
Para o teólogo João Duque, presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa (UCP), considera que estes são momentos que podem promover uma "redescoberta da identidade".
"Penso que estes 50 anos de distância nos permitirão uma reflexão que conduza o Concílio aos seus núcleos fundamentais e permita compreender quais os seus contributos para a profunda transformação da Igreja, no permanente caminho de aproximação à sua identidade e aproximação ao mundo, para o qual existe", sublinha o especialista, em texto publicado no semanário Agência ECCLESIA.
"Nessa redescoberta, considero fundamental a orientação da fé, pois é nela que se encontra a base da correta ou incorreta realização do que pretendeu o Concílio", acrescenta.
Bento XVI anunciou, em outubro deste ano, a convocação de um 'Ano da Fé' entre outubro de 2012 e novembro de 2013, para assinalar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965).
Na carta apostólica 'A porta da fé', o Papa explica os objetivos da iniciativa: "Pareceu-me que fazer coincidir o início do ano da fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos padres conciliares".
Também em 2012, de 7 a 28 de outubro, vai ter lugar a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada ao tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã".
O texto preparatório desta reunião magna destaca que, desde o Concílio Vaticano II até hoje, "a nova evangelização se propôs, cada vez mais com maior lucidez, como o instrumento" para enfrentar "com os desafios de um mundo em acelerada transformação".
Elias Couto, editor da revista digital 'Cristo e a Cidade' (www.cristoeacidade.com) e colaborador habitual da Agência ECCLESIA, sublinha a "crise da fé", na Europa, e diz que "a criação do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, por Bento XVI", juntamente com a realização do próximo Sínodo, representam "uma tentativa de «forçar» o andamento", dada a "urgência da situação".
"Não se trata de uma estratégia, mas do regresso à originalidade da fé e à capacidade de síntese que fez das primeiras Igrejas poderosos focos geradores de cultura, uma cultura nova que reinventou o mundo antigo", assinala, acrescentando que "a nova evangelização é um dever da Igreja face à antiga Europa cristã".

Fonte: CNBB